
Os desafios logísticos no Brasil e como a Cabotagem os resolve
O Brasil, com seu vasto território e economia diversificada, enfrenta inúmeros desafios logísticos que impactam diretamente a competitividade das empresas. Além disso, problemas como infraestrutura deficiente, altos custos de transporte e a concentração excessiva no modal rodoviário resultam em gargalos que afetam a eficiência da cadeia de suprimentos. No entanto, diante de todo esse cenário, apresentaremos neste texto como a Cabotagem pode ser considerada uma solução estratégica para mitigar esses obstáculos. Acompanhe!

Principais desafios logísticos no Brasil
Os principais desafios logísticos encontrados no Brasil são:
- Dependência do transporte rodoviário: de acordo com a Pesquisa CNT de Rodovias 2024, o Brasil transporta cerca de 65% de suas cargas pelo modal rodoviário. Essa concentração sobrecarrega as rodovias, encarece os fretes e aumenta os riscos de atrasos, acidentes e perdas de mercadorias.
- Infraestrutura precária: muitas rodovias estão em más condições, sem manutenção adequada, o que eleva os custos operacionais e reduz a segurança. Com base na mesma referida pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), a região sudeste e sul, por exemplo, abrangem 17,5% e 17,9% respectivamente da malha rodoviária pavimentada.
- Altos custos logísticos: os custos logísticos no Brasil representam, em média, 18,4% do PIB do país, bem acima dos países desenvolvidos. Isso se deve, principalmente, às más condições das rodovias, que aumentam as despesas com combustível, manutenção de veículos e tempo de viagem.
- Desafios ambientais: o transporte rodoviário, sendo o mais utilizado, gera altas emissões de carbono, por isso, pressiona as empresas a buscar alternativas mais sustentáveis como a cabotagem.
- Distâncias continentais: o tamanho do Brasil impõe desafios adicionais na distribuição de mercadorias entre regiões, especialmente quando se trata de conectar centros produtivos ao interior ou a zonas portuárias.
Como a cabotagem pode resolver gargalos?
A Cabotagem, que consiste no transporte marítimo entre portos nacionais, desponta como uma alternativa para diversificar a matriz de transporte no Brasil e aliviar os gargalos logísticos.
Veremos aqui como a Cabotagem pode resolver esses desafios:
Redução de custos
Um dos principais fatores que tornam a cabotagem mais competitiva em termos de custos. Enquanto caminhões enfrentam altos custos com diesel, os navios conseguem transportar grandes volumes de carga com menor consumo de combustível por tonelada movimentada.
O transporte por cabotagem pode ser até 30% mais econômico que o rodoviário, especialmente em longas distâncias.
Maior segurança e menos avaria
Um dos pontos mais relevantes da cabotagem é a menor exposição da mercadoria a riscos comuns das rodovias, como acidentes, furtos e condições adversas de estradas mal conservadas. Além disso, outro ponto importante é que há um maior controle sobre as operações portuárias, e a padronização dos processos de embarque e desembarque contribui para uma movimentação mais organizada das cargas, tornando-as menos propensas a erros. Por fim, outro aspecto a ser considerado é a segurança contra roubos. As estradas brasileiras, infelizmente, enfrentam índices preocupantes de roubos de carga. No entanto, a cabotagem praticamente elimina essa ameaça, uma vez que as embarcações seguem rotas monitoradas e possuem controle rigoroso de acesso nos portos, tornando o furto algo extremamente improvável.
Sustentabilidade
Ao reduzir a dependência do transporte rodoviário, que movimenta a maior parte das cargas no Brasil e contribui significativamente para a emissão de gases poluentes, a cabotagem se destaca por sua menor pegada de carbono. Além disso, os navios conseguem transportar grandes volumes de mercadorias com uma eficiência energética muito maior por tonelada transportada, o que resulta em uma emissão proporcionalmente menor de CO2 em comparação aos caminhões. Como consequência, o descongestionamento das rodovias ocorre de maneira mais eficaz, proporcionando uma redução do impacto ambiental e melhorando a qualidade do ar nas áreas urbanas.
Descongestionamento das rodovias
Ao transferir parte das cargas que tradicionalmente seguem por rodovias para a cabotagem, ocorre uma redução do fluxo de caminhões nas estradas. Consequentemente, essa redução do fluxo de caminhões nas rodovias contribui para a diminuição do desgaste da infraestrutura viária e da necessidade constante de manutenção das estradas. Como resultado, isso já representa uma economia significativa de recursos naturais, além de gerar uma economia financeira considerável para o país.
Como a cabotagem reduz a pegada de carbono?
A cabotagem no Brasil tem ganhado destaque não apenas por sua eficiência logística, mas também por seu impacto ambiental positivo.
Em um cenário onde a sustentabilidade se torna cada vez mais essencial para a competitividade das empresas, por isso, a cabotagem surge como uma alternativa que reduz a pegada de carbono nas operações logísticas.
Um dos principais fatores que tornam a cabotagem mais sustentável é a sua eficiência energética. Comparada ao transporte rodoviário, que é predominante no Brasil, a movimentação de cargas por navios consome menos combustível por tonelada transportada. Isso ocorre porque os navios são projetados para maximizar a capacidade de carga com um consumo menor de energia. Dessa forma, uma única viagem por cabotagem pode substituir dezenas de caminhões circulando pelas estradas, resultando em menor emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2).
Além da economia de combustível, a cabotagem também contribui para a redução do congestionamento nas rodovias. Assim, com menos caminhões nas estradas, há uma diminuição das emissões indiretas, menos tempo de veículos parados no trânsito e menor deterioração da infraestrutura viária. Isso, por sua vez, diminui a necessidade de manutenção constante e a produção de materiais como asfalto e concreto, que também geram emissões durante seu processo produtivo.
Outro ponto relevante é a modernização da frota marítima. Com os avanços tecnológicos e o maior rigor nas regulamentações ambientais, os novos navios que operam na cabotagem estão adotando combustíveis mais limpos, como o gás natural liquefeito (GNL), e tecnologias de redução de emissões, como sistemas de tratamento de gases e propulsão mais eficiente. Dessa forma, a cabotagem se fortalece ainda mais como uma solução logística com menor impacto ambiental.
Panorama do uso da cabotagem no Brasil
Com base no Estatístico Aquaviário Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), no acumulado de janeiro a dezembro de 2024, foram transportados por cabotagem um total de 213,4 milhões de toneladas de carga.
Os principais perfis de cargas transportados por Cabotagem foram:
- Granel líquido e gasoso – 164 milhões de toneladas
- Carga conteinerizada – 24 milhões de toneladas
- Granel sólido – 22 milhões de toneladas
- Carga geral – 5 milhões de toneladas
Já os principais grupos de mercadorias transportados por Cabotagem foram:
- Petróleo (óleo bruto) – 136 milhões de toneladas
- Contêineres – 24 milhões de toneladas
- Bauxita – 14 milhões de toneladas
- Minério de ferro – 6 milhões de toneladas
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